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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Como eu, minha organização ou o movimento pode contribuir com o 18 de Maio?



Para auxiliar nessa tarefa de mobilização, nós da campanha Ana junto ao Comitê Nacional de Enfrentamento a Violência Sexual e a Rede Ecpat Brasil preparamos algumas dicas com sugestões de atividades relacionadas a essa importante agenda que se aproxima: O Dia 18 de Maio.
Não podemos deixar de mobilizar nossos amigos, familiares, conhecidos e os representantes do Poder Público em nossa cidade para o fato de que a VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA MENINAS E MENINOS ainda é uma realidade em nosso país. Mas antes, é bom lembrar o porquê do surgimento desse dia.
O dia 18 DE MAIO foi instituído pela Lei Federal 9.970/00, como o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, a data foi escolhida, porque em 18 de maio de 1973, em Vitória–ES, um crime bárbaro chocou todo o país e ficou conhecido como o “Crime Araceli”. Esse era o nome de uma menina de apenas 8 anos de idade, que foi raptada, drogada, estuprada, morta e carbonizada por jovens de classe média alta. Esse crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje está impune. 
Precisamos deixar claro para toda a sociedade que crianças e adolescentes tem direito a desenvolver sua sexualidade de forma segura e protegida, e que o seu corpo precisa ser respeitado. A intenção do 18 DE MAIO é destacar a data para mobilizar e convocar toda a sociedade a participar dessa luta. Mas ás vezes temos dificuldades de falar desse tema, por que falar de violência sexual   é intender que esse não é um problema isolado, daí significa falar de gênero, de machismo, de identidades e tudo que envolve o desenvolvimento da nossa sexualidade. Tema que para muitos, ainda é cercado de tabus. O que não impede de podermos ter atitudes simples para ajudar na luta contra essa violação de diretos. 

Vamos a elas:

1. DENÚNCIA
Se houver suspeitas que qualquer forma de violência sexual existe caminhos que os pais, responsáveis ou as próprias crianças e adolescentes podem procurar. Por exemplo, o conselho tutelar, as delegacias, o juizado da infância e juventude ou mesmo pegar um telefone e discar o número 100, que é um disque denúncia nacional para combater qualquer violência, inclusive a sexual. É importante destacar que a ligação é gratuita e você não precisa se identificar. Outra atitude que pode ser feita é a de apoio à campanha, e também se juntar a rede de combate da violência sexual de sua cidade, como também de outras ações de defesa e garantia dos direitos das crianças e adolescentes. Esta é uma atitude que qualquer pessoa, organização ou movimento pode e dever deve fazer.  Se ainda houve dúvidas que como realizar a denúncia (cliquei aqui)


2. COMO APOIAR A CAMPANHA NACIONAL?
Ao desenvolver as ações no seu município, não deixe de incluir nos materiais de comunicação e mobilização os elementos da campanha nacional do 18 de Maio. Dessa forma, seu município contribui para disseminar os símbolos e o slogan da campanha, ampliando o número de pessoas que passa a reconhecer as referências nacionais da luta pelo combate à violência sexual.

O SÍMBOLO: A campanha tem como símbolo uma flor, como uma lembrança dos desenhos da primeira infância e uma associação entre a fragilidade de uma flor e a de uma criança. Nesse sentido,
o desenho tem como objetivo proporcionar maior proximidade e identificação da sociedade com a causa do enfrentamento à violência sexual. Esse símbolo surgiu durante as mobilizações do 18 de Maio em 2009. Porém, o que era para ser apenas uma campanha se tornou o símbolo da causa, a partir de 2010. Nos últimos anos, o slogan utilizado pela campanha tem sido o Faça Bonito - Proteja nossas crianças e adolescentes. A proposta é chamar a sociedade brasileira para assumir sua responsabilidade na prevenção e no enfrentamento ao problema da violência sexual praticada contra crianças e adolescentes.

No site da campanha você pode baixar as peças e artes com o símbolo da campanha, além do texto base 2017 https://www.facabonito.org.br/downloads
Já se você quer mostrar a todos os seus amigos virtuais que está apoiando a campanha você pode colocar a flor na sua foto de perfil pelo link http://bit.ly/facabonitonaminhafoto


3. SOBRE O QUE MOBILIZAR?
POLÍTICAS DE ATENDIMENTO 
Nesses 27 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, a proposta é que a principal pauta política das mobilizações do 18 de Maio sejam as políticas de atendimento às crianças e adolescentes vítimas da violência sexual. Ainda que muitos avanços possam ser registrados no âmbito das políticas sociais nos últimos anos, os serviços de atenção às vítimas no âmbito da maioria dos municípios continuam marcados por fragilidades e lacunas. Nesse sentido, as mobilizações deste ano podem refletir sobre a realidade do município por exemplo: Como anda em sua cidade o atendimento às vítimas de violência? Como são avaliados os serviços de prevenção? Os profissionais da rede têm dado conta da demanda? O atendimento a crianças, adolescentes e suas famílias tem sido realizado de forma a lhes dar condições de superar a situação de violência? Além dessas questões, o 18 de Maio pode ser ainda um boa oportunidade para que as diretrizes apontadas pelas Conferências dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizadas em anos anteriores, sejam também pautadas. Lembrando que as Conferências são instâncias de deliberação sobre as políticas municipais para a infância e, se devidamente monitoradas e cobradas, podem impactar na concretização de ações e recursos voltados aos direitos humanos de crianças e adolescentes.

DIREITOS SEXUAIS

Vale lembrar que a proposta do 18 de Maio é mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes. Por isso, assim como falar sobre prevenção e enfrentamento à violência sexual, a data é também um momento de abordar o tema da garantia dos direitos sexuais, cujos princípios asseguram a toda criança e
adolescente o direito ao desenvolvimento de uma sexualidade segura e protegida, livre do abuso e da exploração sexual.

Os direitos sexuais são um conjunto de normas que dizem respeito á liberdade sexual, autonomia, integridade e segurança, privacidade, prazer, escolhas livres e responsáveis, acesso à informação e exercício das formas de expressão sexual de maneira segura e livre de coerções.

Os direitos sexuais são muito atacados, principalmente por grupos fundamentalistas que os associam á ruptura com valores tradicionais. Quando se faz referência a crianças e adolescentes como portadores desses direitos, a negação é mais intensa. Porém, precisamos compreender porque há a negação desses direitos básicos e como isso implica na ação dos agentes sociais que trabalham diretamente com crianças e adolescentes.   

Somos educados a ver crianças e adolescentes pela ótica da religião, assim, elas seriam essencialmente “puras” e livres de pecado. Também somos treinados a ver o ato sexual como pecado ou ato imoral, e, aprofundando ainda mais, a restringir a compreensão da sexualidade ao ato sexual. Nessa visão crianças são comparáveis a anjos, e anjos todos sabem, não tem sexo. Há uma negação cultural da sexualidade da infância, que rebate diretamente na forma como educamos as crianças, omitindo delas conhecimentos básicos sobre seus corpos e expressão no mundo, porém isso não faz com que esses sujeitos deixem de explorar seus corpos, e, à medida que os vivenciam, as reprimimos e assim, criamos sobre a sexualidade o peso do segredo tornando-as muito mais vulneráveis a diversas violações sexuais. Falar de direitos sexuais de crianças e adolescentes é, sobretudo, afirmar que as crianças e adolescentes são sujeitos que precisam se determinar com liberdade, livres de violências e opressões. 




Alguns desafios estão colocados para que consideremos crianças e adolescentes LGBTI no campo das políticas públicas. Partimos do pressuposto que para uma política pública ser efetiva é necessária vontade política, destinação orçamentária e capacidade técnica, e que além dessas questões objetivamente verificáveis há um contexto que influência cada uma dessas questões. 

A influência das crenças sobre o Estado impacta em diversos campos da política, desde a decisão no campo macro até o trato direto a crianças, adolescentes e suas famílias no micro. Além das leis serem influenciadas por essas forças conservadoras que se organizam sistematicamente para ocupar os espaços de poder e decisão. Os agentes do Estado que estão nos serviços também são impregnados dessas concepções e na sua grande maioria, não separam o serviço público de suas crenças
individuais.
Assim, a escola tende a reafirmar a heteronormatividade e o binarismo de gênero, a saúde tende a encontrar formas de regulamentação dos corpos e a assistência ira compreender a família a qual intervém a partir das lentes do binarismo e da heterossexualidade compulsória.
Crianças e adolescentes travestis e transexuais não têm sua identidade de gênero respeitada em nenhum dos campos da sociedade, e o resultado direto disso é muita violação de direitos, desde o direito à convivência familiar e comunitária, a educação, a saúde integral e seus direitos sexuais, uma vez que é a prostituição o único lugar onde são socialmente aceitas.
Adolescentes bissexuais, lésbicas e gays são recorrentemente objeto de violência familiar e na comunidade, de estupros corretivos e expulsão de suas casas e famílias por não se adequarem ao modelo imposto.
Crianças intersexuais são objetos de mutilação medica para adequação de sua genitália que pode interferir em sua vida sexual para sempre e quando as famílias se recusam aos procedimentos cirúrgicos, essas crianças não têm acesso ao registro civil provocando a negação de vários outros direitos.
Poderíamos citar inúmeras violências as quais as crianças e adolescentes LGBTI são submetidos em nossa sociedade. As questões já citadas, nos apontam que precisamos pensar também nessas dimensões.


 PLANO DE ENFRENTAMENTO

Outro tema relevante para a pauta das mobilizações do 18 de Maio está relacionado à implementação
do Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, assim como dos planos estaduais e municipais. A efetivação do Plano Nacional terá reflexos diretos no desenvolvimento das políticas e ações municipais e, nesse sentido, torna-se uma questão central na garantia dos direitos de meninos e meninas. Da mesma forma, o processo de elaboração e implementação do Plano Municipal de Enfrentamento, a partir da coordenação do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), constitui um passo fundamental para o planejamento das políticas de atendimento à infância. Portanto, mobilizar e fortalecer o diálogo entre os atores do Sistema de Garantias dos Direitos, preconizado pelo ECA, também deve ser uma pauta central nas mobilizações do 18 de Maio.

4. QUE CONTEÚDOS USAR?
Existem uma infinidade de conteúdos que nos ajudam a refletir, se informa e se inspirar  para o debate necessário sobre a violência sexual.   Você pode acessar no link abaixo algumas publicações que sugerimos.  (clique aqui)  Mas  se você vai conduzir alguma atividade, seja  ela com adultos, crianças ou adolescentes é importante  se preparar e ter cuidados  na condução. Lembre-se   Esse é um assunto muito delicado para quem foi vítima da violência sexual.  Abaixo destacamos esses cuidados:

Alguns cuidados relevantes na condução das atividades
  •   Antes de abordar o tema da violência sexual, o facilitador da atividade deve preparar o grupo com dinâmicas que falem sobre os seus direitos, situando os direitos sexuais no contexto dos direitos humanos.
  •         É importante também fazer um acordo com o grupo para que não sejam expostos casos específicos de meninos ou meninas que tenham vivido ou estejam vivendo situações de violência sexual, tanto os que estejam presentes no local ou mesmo os que sejam conhecidos da comunidade, pois isso pode acabar gerando outras situações de violência.
  •         Na condução da atividade, observe como o público reage ao assistir ao vídeo, pois pode haver no grupo pessoas que passaram ou passam por essa situação. O que recomendamos, caso haja necessidade, é que alguém do grupo se coloque disponível para uma conversa em particular.
  •         É importante também enfatizar nas atividades que as pessoas que passam ou passaram por essa situação de violência podem e devem reconstruir sua história e projeto de vida – se necessário, com a ajuda de profissionais.
  •         O facilitador deve ter segurança em trabalhar com os temas da violência sexual e conhecer minimamente os fluxos de atendimento às vítimas de violência ou saber indicar os caminhos para que as pessoas busquem essa informação.
  •         É legal que o facilitador introduza a oficina dizendo que existem diferentes fases no desenvolvimento da sexualidade e que esse é um processo natural. O que não é legal é que crianças e adolescentes não possam viver essas fases de forma saudável e segura, em função de situações que se caracterizem como violência sexual.
  •         E, por fim, é interessante que o facilitador reforce nas oficinas, a partir do material exibido, a informação sobre como crianças e adolescentes podem se prevenir da violência sexual e também denunciá-la.
Bem se você chegou até aqui é porque tem grande interesse em contribuir com a causa.   E nós achamos ótimo!  Pois o nosso trabalho é feito de formiguinhas uns ajudando aos outros e espalhando a importância da proteção de meninas e meninos.
Por isso para você ou sua instituição fazer bonito, e também para que esse post não fique tão longo, abaixo terá vários links com outras informações.  Ah não se esqueça de compartilhar suas atividades e mobilizações em alusão ao 18 de Maio.  Se puder nos marcar nas redes sociais vamos compartilhar com todos as informações que chegar. 

Conteúdos de apoio: Download 

Sugestões de atividades: Download 

Filmes curtos:  Download 

Filmes longos: Download 

Flor para colorir:  Download 



terça-feira, 21 de março de 2017

Representantes da Sociedade Civil se encontram em Brasília para pensar Estratégias e Metodologias para a Defesa dos Direitos Humanos e Sexuais de Crianças e Adolescentes LGBTI

Cerca de quarenta pessoas irão participar da oficina de construção de Estratégias de Incidência Política e Metodologias para a Defesa dos Direitos Humanos e Sexuais de Crianças e Adolescentes LGBTI em Brasília. A atividade acontece nos dias 23 e 24 deste mês, e é uma continuidade da formação sobre esse tema que ocorreu em novembro de 2016.

De acordo com a Lídia Rodrigues, coordenadora do projeto e da coordenação colegiada da rede ECPAT Brasil, “esse é um momento para a sociedade civil pensar suas estratégias diante do cenário de ameaças e retrocessos que temos vivido no campo dos direitos sexuais”. Pontuou Lídia. Para que seja alcançado esses objetivos, na programação do encontro está previsto momentos de reflexões e também de trocas de experiências e planejamento.

É importante destacar que essa, é uma das atividades do projeto “Aliança Nacional de Adolescentes por Direitos Sexuais LGBTI” que conta com o co-financiado da União Europeia, e realizado pela Associação Barraca da Amizade, Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e Rede ECPAT Brasil.

“Discutir os Direitos Sexuais LGBTI é fortalecer estratégias para a garantia dos direitos sexuais de crianças e adolescentes e o enfrentamento às violências sexuais, fortalecendo assim, a atuação da sociedade civil organizada. Finalizou Lídia.

Serviço:
Oficina Nacional de Construção de Estratégias de Incidência Política e Metodologias para a Defesa dos Direitos Humanos e Sexuais de Crianças e Adolescentes LGBTI
Quando:
23 e 24 de março, 9 às 17 horas
Onde:
Brasília, Distrito Federal

Sugestões de Contatos:
  • Karina Figueiredo - Secretária Executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes - 61 982137179
  • Lídia Rodrigues – Coordenadora do projeto ANA e membro da Coordenação colegiada da rede ECPAT Brasil - 85 988811541 ana.movimento@gmail.com
Sobre a Campanha

A campanha ANA teve início em 2012 através de ações de jovens ligados as redes de enfrentamento à violência sexual no território brasileiro. O propósito da Campanha ANA (Aliança Nacional dos Adolescentes) é fortalecer a participação nacional de adolescentes no combate as violências relacionadas aos seus direitos sexuais, por meio de ações de comunicação e da educomunicação para a autoproteção dos seus direitos.
Para construção de empatia que facilite a sensibilização de adolescentes, ANA que é a sigla do projeto, também se tornou uma personagem que compartilha vivências ilustrando a partir de situações hipotéticas, que fazem parte do cotidiano dos adolescentes brasileiros possíveis formas de autoproteção. Para mais informações acesse: Blog a  aba " A Campanha" 


Sobre o Projeto:

O projeto “Aliança Nacional de Adolescentes por Direitos Sexuais LGBTI”, É cofinanciado pela União Europeia, e visa enfatizar garantias, ainda frágeis, na luta pelos direitos humanos e sexuais de meninas e meninos. Essa nova fase do projeto da Campanha dará ainda mais ênfase a questão LGBTI, através dos espaços virtuais como blog, facebook, boletim informativos, oficinas em escolas da rede pública em Fortaleza e região metropolitana e difusão nas ONG’s da Rede ECPAT Brasil. Espera-se com esse novo ciclo fortalecer as identidades e combater a homofobia, lesbofobia e transfobia, que muitas vezes crianças e adolescentes sofrem, nos espaços institucionais em função de suas orientação sexual e de gênero, inclusive a violência sexual.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Formação em Direitos Sexuais LGBTI de crianças e adolescentes é realizado em Brasília.


Nos dias 28, 29 e 30 de novembro aconteceu em Brasília o Encontro de Formação sobre Diretos Sexuais de Crianças e Adolescentes LGBTI, promovido pela Associação Barraca da Amizade, Ecpat Brasil e o Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual.

Dentre as várias atividades do encontro, as mesas com especialistas e militantes da causa dos direitos humanos trouxeram grandes contribuições na reflexão sobre o tema. Uma das análises realizadas nesses debates foi que a perspectiva da prevenção à violência sexual é mais aceita pela sociedade de modo geral, do que a perspectiva emancipatória da violência, ou seja, quando falamos dos direitos sexuais como direitos humanos estamos trazendo à tona essa perspectiva que empodera e evita que meninas e meninos sejam vitimados das várias violências, pois os direitos humanos são interdependentes. Foi um dos destaque da mesa que discutiu Sexualidade, Diversidade e Direito Sexuais na infância e adolescência.

Outro destaque trazido pela Mesa que discutiu a LBGTfobias, Políticas Públicas e Violência Sexual, foi a questão das violências institucionais: “A gente não resolveu as violências institucionais, é preciso pensar essa perspectiva, só poderemos mudar a realidade das crianças e adolescentes mudando a sociedade”. Já na mesa que analisou o cenário nacional que o Brasil se encontra na defesa dos diretos destacou: “As demandas de Juizamento (justiça) são demandas que dialogam e visibilizam o que há de mais perverso na nossa sociedade. Quais as pautas que nos unificam? Nós precisamos nos reconhecer nos outros, mesmo que esse outro sejam desconhecidos”.

Os apontamentos e as reflexões vindos tanto das mesas quanto dos grupos de trabalho destacaram os desafios e diretrizes que precisam de investimento, como: a formação para entidades sobre a população LGBTI e seus direitos; pensar as crianças e adolescentes em sua integralidade; maior presença da sociedade civil organizada no parlamento em todos os níveis (Municipal, Estadual e Federal); maior articulação com outros movimentos e o fortalecimento das redes defesa e proteção dos direitos, foram os destaques do encontro.

Para a coordenação das redes, o encontro cumpriu o papel fundamental de pautar as organizações sobre essa temática dos Diretos Sexuais de Crianças e Adolescentes LGBTI, que é pouco discutida no movimento da infância. Foi um momento estratégico, pois as preocupações e apontamentos levantados no encontro irão contribuir para o planejamento institucional das organizações para o próximo ano.

A equipe do projeto se debruçará na sistematização dos conteúdos para socializar aos participantes. Abaixo segue um álbum de fotos de alguns momentos do encontro é só clicar e rever os momentos, baixar e compartilhar.  Para as apresentações pedimos que mande e-mail solicitando com assunto: PPT Encontro ANA para ana.movimento@gmail.com


Clique aqui para ver  mais fotos


segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Redes nacionais se encontram em Brasília para discutir Direitos Sexuais LGBTI e a conjuntura Nacional.

Encontro formativo vai promover debate com as redes nacionais sobre os direitos sexuais LGBTI de crianças e adolescentes brasileiras, e a situação dos direitos humanos de meninas e meninos no Congresso Nacional. O encontro faz parte do Projeto Aliança nacional de Adolescentes – Campanha ANA- que terá sua nova fase lançada no evento



Cerca de 70 organizações sociais que atuam na defesa e promoção de direitos de crianças e adolescentes, estarão reunidas em Brasília, para refletir sobre os direitos sexuais de meninas e meninos LGBTI e o enfrentamento das diferentes formas de violência praticadas contra eles, em especial as violências sexuais. O encontro acontece do dia 28 ao dia 30 de Novembro de 2016 no Centro de Convenções Israel Pinheiro – QL 32 do Lago Sul St. Hermida Dom Bosco QL 32, Bloco A - Lago Sul, Brasília – DF - E é destinado a representantes das Redes Nacionais de Defesa dos Direitos de crianças e adolescentes, da sociedade civil organizada, que lidam com o enfrentamento a violência sexual e outras violações ao público de infanto-juvenis previamente convidadas.

O encontro formativo mobilizado pela Associação Barraca da Amizade, ECPAT Brasil e Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra crianças e Adolescentes através da Campanha ANA (Aliança Nacional de Adolescentes), com cofinanciamento da União Europeia, tem o objetivo de fortalecer os espaços das organizações sociais na discussão, incidência e deliberação das políticas públicas dos direitos de crianças e adolescentes, assim como analisar, mapear, tirar encaminhamentos de ações, diretrizes e estratégias para o fortalecimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) nos estados frente à situação atual da infância e adolescência.

“Com esse encontro pretendemos discutir o cenário político atual e suas implicações para as políticas de direitos humanos, com enfase nos direitos sexuais de crianças e adolescentes LGBTI, e esperamos qualificar as redes nacionais e tirar estratégias conjuntas de incidência da sociedade civil organizada para frear essas sucessivas tentativas de retrocessos”. Enfatiza a Coordenadora do projeto e Membro colegiada do ECPAT Brasil Lídia Rodrigues.

Na programação do Encontro está previsto cinco mesas de reflexão com especialistas que abordarão temas como: Direitos Humanos e Infância e Adolescência no Congresso Nacional, Sexualidade, Diversidade, Direitos Sexuais, Infância e Adolescência, LGBTfobia, Violência Sexual e Políticas Públicas. E grupos de trabalhos para pactuar estratégias de fortalecimento dos direitos humanos de meninas e meninos no atual contexto do país. A primeira mesa da formação, será aberta para o público em geral, com o tema: Política de Direitos Humanos: desafios para a incidência da sociedade civil frente às reformas em curso, marca a agenda dos 16 dias de ativismo pelos direitos humanos, mobilização em alusão ao dia Internacional dos Direitos Humanos: dia 10 de dezembro

Na oportunidade será lançado o projeto cofinanciado pela União Europeia que inaugura um novo ciclo da Campanha ANA – Aliança Nacional de Adolescentes: Por direitos sexuais LGBTI - que tem por objeto fortalecer a capacidade de incidência na defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes LGBTI em redes e enfrentando a violência sexual contra crianças e adolescentes. Tudo isso com o intuito de fortalecer as identidades e combater a homofobia, lesbofobia e transfobia, que muitas vezes crianças e adolescentes ainda sofrem, nos espaços institucionais.

Veja abaixo a programação do encontro e acompanhe as discussões na nossa pagina do facebook.


PROGRAMAÇÃO FORMAÇÃO SOBRE DIREITOS SEXUAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES LGBTI E ENCONTRO DAS REDES NACIONAIS


                                                                    1ª DIA 28/11 

15h – Abertura: Mesa de Boas Vindas (representantes das Redes Nacionais) e Lançamento do Projeto Aliança Nacional de Adolescentes pelos Direitos LGBTI

16h - Mesa: Análise de conjuntura do Cenário da Infância e Adolescência no Congresso Nacional

Inesc - Cleo

Mediação: Gabinete do Jean Willis

17h30 - Intervalo

18h – Mesa: Política de Direitos Humanos - Análise de conjuntura – desafios para a incidência da sociedade civil frente às reformas em curso

Renato Roseno – Deputado Estadual PSol CE e Militante dos Direitos Humanos

Mediação: Vinicius Miguel – Anced

20h - Assinatura de termo de cooperação (projeto ECPAT, Plan Brasil e CEDECA) e encerramento do primeiro dia.



2ª DIA 29/11



8h30 - Trabalho em Grupos

Levantar estratégias para incidência das redes da sociedade civil no atual contexto

11h às 11h30 - Socialização dos grupos e panorama sintético dos trabalhos para que possamos tirar os encaminhamentos e pactuações

Mediação: Bel

12h30 - Intervalo para Almoço

14h - Mesa: Sexualidade, Diversidade, Direitos Sexuais, Infância e Adolescência CFEMEA

Cores - Carol Arcari

Fórum Peti – Dr Eduardo Varandas

Coturno de Vênus

Mediação: Irina Baci

3º DIA - 30/11

08h30 - Mesa: LGBTfobia, Violência Sexual e Políticas Públicas 
Saúde – Katia Souto
Educação – Comissão de Educação da ABGLT
Proteção Especial – Acolhimento e Adolescentes Privados de Liberdade – Fabio Felix
Mediação: Estela Escandola

11h – Trabalho em Grupos – Quais os maiores desafios quanto ao debate e propostas de incidência nas políticas sobre o tema dos direitos sexuais LGBTI?

12h30 - Intervalo para almoço

14h – Apresentação dos Grupos e pactuação de estratégias de encaminhamentos

15h – Avaliação e Encerramento

terça-feira, 22 de setembro de 2015

OFICINA REGIONAL DE DIFUSÃO DA METODOLOGIA DA CAMPANHA ANA


A Campanha ANA realizará próxima quarta–feira (23), Oficina Regional de Difusão da Metodologia da Campanha ANA. A ação faz parte da Campanha ANA - Aliança Nacional de Adolescentes realizada pela Associação Barraca da Amizade, Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual e Rede ECPAT.
A programação da Oficina tem como intuito mobilizar adolescentes e jovens para autoproteção dos seus direitos, além de debater participação e protagonismo juvenil e fortalecer caminhos conjuntos com as organizações que compõe a rede.

Segundo a Coordenadora da Campanha e membra da Coordenação colegiada do Ecpat Brasil Lídia Rodrigues afirma que esse é um momento muito importante para a Campanha, pois a partir dessa atividade poderão olhar a evolução da campanha, seus pontos de melhoria e começar a refletir sobre seus caminhos futuros. Como foi feito na atividade com as organizações do nordeste (veja aqui)



SERVIÇO

OFICINA REGIONAL DE DIFUSÃO DA METODOLOGIA DA CAMPANHA ANA

Local: Fundação para Infância e Adolescência - Fia

Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 120, Botafogo, Rio de Janeiro - RJ

Data: 23/setembro/2015

Horário: 8h30 às 16h30



INFORMAÇÕES

Coordenação
Lidia Rodrigues

(85) 98881.1541

rodrigues.lidia@gmail.com


Secretária Executiva
Rose Costa

(85) 8401-3789
rose_uece@hotmail.com





segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Campanha ANA realiza formação com instituições da região Norte e Nordeste filiadas a Rede Ecpat Brasil

 Durante o dia de hoje as instituições da região Norte e Nordeste filiadas a Rede Ecpat Brasil estão reunidas para a formação em web ativismo da campanha ANA na cidade de Recife. 

Lídia Rodrigues destaca que esse é um momento muito importante para a Campanha, pois a partir dessa atividade poderão olhar a evolução da campanha, seus pontos de melhoria e começar a refletir sobre seus caminhos futuros.

Além disso, a ideia é também em conjunto com as organizações refletir sobre a participação de meninas e meninos e como as organizações vem trabalho nessa perspectiva. “Compreendendo a campanha como um legado da Rede ECPAT, queremos trabalhar esses pontos juntos e traçar caminhos para avançar nessa participação.” Finalizada Lídia. 


Em setembro será a vez das organizações filiadas à rede Ecpat Brasil do Centro Oeste e Sudeste, além de organizações locais da cidade do Rio de Janeiro onde acontecerão as atividades.



Sobre a campanha:

Executada desde o ano de 2011 a Campanha ANA, tem como objetivo mobilizar adolescentes brasileiros para um processo de autoproteção dos seus direitos sexuais através da produção e difusão de conteúdos que instrumentalize profissionais e adolescentes a lidar com essa temática.



INFORMAÇÕES

Lídia Rodrigues (85) 98881.1541

Coordenação

ana.movimento@gmail.com

rodrigues.lidia@gmail.com



Acompanhe as mídias sociais da Campanha ANA:

Blog: http://anamovimento.blogspot.com.br/

Facebook: www.facebook.com/campanhaana

Instagram: http://instagram.com/anamovimento

Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCgG1YmcMVnA_DLfYw5v22CQ





quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Paris sedia assembleia com 78 paíse da rede ECPAT

 Aconteceu em Paris – França nos dias 2 e 3 de dezembro a 6ª Assembléia Internacional da rede ECPAT. O encontro contou com a participação de 78 países e teve como pauta estratégico o planejamento consultivo e processo de tomada de decisão, o que servirá de inspiração e orientação para o trabalho coletivo da Rede. 

Durante toda a Assembléia, houve também uma série de outros painéis de especialistas, eventos paralelos e recepções com convidados externos, incluindo:
§ Senhorita. Maud de Boer-Buquicchio | Relator Especial das Nações Unidas sobre a venda de crianças, prostituição infantil e pornografia infantil
§ Mr. John Carr | Consultor Especialista Sénior para as Nações Unidas, a UIT, União Europeia, ECPAT Internacional para a segurança das crianças on-line
§ Mr. Jaap Doek | Vice Justiça no Tribunal de Recurso de Amesterdão e professor emérito de Direito da Vrje Universiteit
§ Datuk Dr. Raj Abdul Karim | Asia Director of Women Deliver Regional
§ Mr. Jean-Cyril Spinetta | Ex-CEO da Air France-KLM AS

A frequência de tais luminares sobre os direitos das crianças e relações de colaboração com o setor privado demonstrar a liderança da rede ECPAT na promoção do debate mundial sobre Exploração sexual comercial de crianças e iniciar a ação coletiva para terminá-la para o bem.

A ESCA é uma questão altamente complexa, crescendo, evoluindo e se transformando em diferentes tipos de atividades de exploração, cada vez mais violento e mais extremo. Ele tem consequências devastadoras para milhões de crianças. É criminosa e cercada de muito tabu, muitas vezes escondida e, portanto, muito difícil de quantificar e pesquisa. Uma das consequências da globalização é que os infratores podem se mover ao redor do mundo para evadir as medidas legislativas e de aplicação da lei. Além disso, as tecnologias da informação e das comunicações (TIC), canais oferece uma sensação de anonimato, que permitiu "comunidades" de criminosos ao comércio, encontrar "validação" e explorar o comportamento cada vez mais extremo. Atividade on-line em todas as formas de ESCA deixou ECPAT (e outros) que operam em uma mudança de paradigma.

A 6ª Assembléia Internacional permitirá aos grupos filiados ao ECPAT para reafirmar a visão do movimento ECPAT, avaliar o progresso e tirar consensos com uma ação coletiva para o futuro. A assembléia internacional é também o culminar de um amplo processo de consulta facilitada em toda a rede ECPAT para rever as orientações estratégicas ECPAT Internacional.

A intenção é construir em nossa força coletiva combinada com a nossa flexibilidade para trabalhar localmente e globalmente para combater CSEC em todas as formas.




Sobre ECPAT Internacional :
ECPAT é uma rede global de 86 organizações que trabalham em conjunto em 78 países para a eliminação da prostituição infantil, pornografia infantil e tráfico de crianças para fins sexuais. ECPAT procura garantir que todas as crianças desfrutam de acesso e seguro de todas as formas de exploração sexual comercial dos seus direitos fundamentais.

ECPAT Internacional tem vindo a liderar o debate mundial sobre a exploração sexual comercial de crianças (ESCI) e é reconhecida como uma rede forte e coesa defesa dos direitos da criança falando em nome de crianças vulneráveis ​​e crianças vítimas de exploração sexual por quase 25 anos. Para mais informações, por favor visite www.ecpat.net

Projeto Co-Financiado União Europeia

Projeto Co-Financiado União Europeia
Os conteúdos deste blog foi elaborado com a participação financeira da União Europeia. O seu conteúdo é de responsabilidade exclusiva de seus realizadores, não podendo, em caso algum, considerar que reflita a posição da União Europeia

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