quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Eu (nao) estou Bem - Um historia sobre a prevenção ao suicídio


Gente, lá na minha escola tivemos uma aula bem marcante e muito esclarecedora...
A minha professora chegou falando de uma campanha chamada “setembro amarelo”.
Eu achei super estranho, nunca tinha ouvido falar dessa campanha. Aliás, vi algumas coisas, mas não dei muita bola.  Depois dessa conversa, fiquei bastante curiosa em saber do que se trata a tal campanha. Minha professora começou explicado que “setembro amarelo” é a campanha de conscientização sobre prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. Gente eu fiquei chocada em saber que as maiores taxas da situação de tentativa de suicídio e das pessoas que morrem por suicídios são de pessoas com idade entre 15 e 29 anos, e a partir dos 50 anos de idade. E eu fui logo perguntando se isso não era coisa de gente de cabeça fraca.  A minha professora disse que o suicídio é um problema de saúde pública.  E que não tem nada dessa essa coisa da pessoa ser cabeça fraca, que na verdade esse problema esconde outras violências como abandono emocional, homofobia, machismo, o abuso sexual...
Sei que todo mundo na sala ficou bem atento a tudo que a professora estava falando, nem parecia, a turma do 508 rs.  Bem ela explicou que o suicídio tem sido um mal silencioso, pois as pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas.
Quando ela falou isso, eu logo me lembrei de uma história que aconteceu no ano passado na escola. Me lembrei da Julia, uma menina que estudou no passado aqui na escola. Julia, quando entrou na escola, todo mundo era amigo dela, até que um dia ela revelou sua orientação sexual, dizendo para todo mundo que era lésbica. Foi o maior bafafá na escola. Eu achei a atitude super massa!!! Nós temos direito de amar quem quisemos!!!
Mas não foi isso que a maioria das pessoas achou, as pessoas se afastaram dela e, fora isso, começaram a ter atitudes preconceituosas. Ela foi ficando cada vez mais isolada e pouco ia para escola, nem postar coisas no face, no insta e stories  do  zap  ela tava  postando mais. Até que um dia recebemos a notícia que Júlia estava no hospital e que ela tinha tentado se suicidar. Todo mundo ficou chocando, e triste. A maioria do pessoal da turma foi visitar a Júlia no hospital, algumas pessoas até pediram desculpa.
Na época fiquei me perguntado por que Julia tinha feito isso???
E agora eu sei, que aconteceu com a Júlia. A minha professora falou que os adolescentes LGBT têm uma das maiores taxas de tentativas de suicídio. E isso deve-se a cultura heteronormativa e à homofobia institucionalizada, incluindo as campanhas políticas contra direitos civis e proteções para as pessoas LGBT como as campanhas políticas recentes, como por exemplo a cura gay. Fora isso, geralmente os adolescentes LGBT são rejeitados pelos pais, pela família e/ou pela sociedade.  Por isso, é importante que todos nós sejamos contra a LGBTfobia!!!
Ah agente, uma coisa que fui aprendendo com toda essa história é que não rola de  condenar e  nem jugar as pessoas  viu. Sem essa de dar sermão e banalizar o rolê.  O que para você pode ser tranquilo de superar pode não ser para outra pessoa.
A questão é muito seria gente, e não podia terminar esse poste aqui no blog sem dizer
 que tô disponível para  conversa.   Que na verdade quando a gente encontra  pessoas que não tão de boas o melhor é se colocar disponível para conversa, as vezes a pessoa só precisa de alguém que escute o que tá lhe atordoando.
 Ah outra coisa importante é quando você pede ajuda, você tem o direito de:
• Ser respeitado e levado a sério;
• Ter o seu sofrimento levado em consideração;
• Falar em privacidade com as pessoas sobre você mesmo e sua situação;
• Ser escutado;
• Ser encorajado a se recuperar.

#tôdisponivel  #chamanaConversinha . Se não tiver legal pode mandar mensagem que o mais importante é a gente se ajudar!!! Se não for comigo, alguém que você confia para desabafar.

E não se esqueça que tem os serviços de saúde como os CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde). Centro de Valorização da Vida – CVV Telefone: 141 (ligação paga) ou www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e a emergência SAMU 192, UPA, Pronto Socorro e Hospitais.
É isso, a gente precisa falar sempre sobreo suicídio, e não esquecer que ai dentro pode até tá bagunçado, mas tem um monte de gente a sua volta que pode te ajudar.







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