segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Ambiente escolar, Adolescência e LGBTFOBIA

Um  levantamento on line  com  1.016 estudantes brasileiros que têm entre 13 e 21 sobre o Ambiente Educacional no Brasil em 2016,  mostra a dimensão das “experiências de adolescentes, jovens lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais” em escolas do País.
  A maioria desses/as estudantes LGBT frequentou o ensino médio em 2015. E revelou que o ambiente escolar não e nada seguro para aqueles  que não estão na lógica heteronormativa.

É  possível perceber  pelos gráficos abaixo das resposta  o quão  inseguro se sente   elas e eles no ambiente escolar em relação a sua orientação sexual.   Essa pesquisa  vem confirma  o que outros estudos publicados nos últimos dez a quinze anos vêm demonstrando e confirmando cada vez mais o quão a LGBTfobia (medo ou ódio irracionalmente às pessoas LGBT) no contexto da sociedade brasileira, estas produzindo as mesmas lógicas nas instituições educacionais.
fonte: imagem da pesquisa

fonte: imagem da pesquisa

A amostra final foi composta por  estudantes oriundos/as de todos os estados brasileiros e o Distrito Federal, com a exceção do estado do Tocantins. Quase a metade se identificou como sendo do gênero feminino (46,9%), a maioria se identificou como sendo gay ou lésbica (70,7%) e os/as demais respondentes se identificaram como bissexuais ou como tendo outra orientação sexual que não a heterossexual.
É possível ler a pesquisa de dois modos: pelas estatísticas ou pelas histórias por trás delas. Os dois causam espanto e preocupação.
Ao longo das mais de 80 páginas do estudo, alguns depoimentos ligam os dados a sentimentos. “Não gosto mais de ir pra escola porque é lá que tenho minhas piores lembranças. Ano passado me zuaram só porque eu gostava de uma professora. Eles me chamavam de sapatão, me xingavam e eu me sentia infeliz”, escreve uma estudante lésbica de 14 anos, do Ceará. Tento desmentir minha sexualidade porque se já sofro bullying sem assumir, imagina se assumisse. Minha mãe tenta me fazer ir pra escola, mas não adianta. Penso em até suicídio, mas ela tenta me dar forças... Meu conceito sobre a vida é que ela não tem valor quando você é alvo de bullying, a infelicidade é sua vida”, une.

No cenário das respostas 73 do total de estudantes LGBT disseram ter sido agredidos verbalmente por causa de sua orientação sexual; 27% contam ter sofrido agressão física por causa de sua orientação sexual; 36% avaliaram como “ineficaz” a resposta dos profissionais da escola para impedir as agressões e 39%revelaram que nenhum familiar procurou a escola para falar sobre a violência sofrida.

A íntegra do estudo pode ser acessada pelo endereço eletrônico: http://www.abglt.org.br/docs/IAE-Brasil.pdf

  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Projeto Co-Financiado União Europeia

Projeto Co-Financiado União Europeia
Os conteúdos deste blog foi elaborado com a participação financeira da União Europeia. O seu conteúdo é de responsabilidade exclusiva de seus realizadores, não podendo, em caso algum, considerar que reflita a posição da União Europeia

...

Visitas