Ufa acabou carnaval né gente? Vou te dizer que divertir aos montes. Só que ai de repente eu lá ensaiada no passinho, com uma máscara mara e carnavalizando aos montes escuto; “o seu cabelo não nega mulata, por que es mulata da cor... “ Rapaz me deu um treco.
Oxê! Fiquei sim foi surpreendida com tanta marchinha preconceituosa e sem noção. Eu já tinha ido a festinhas na comunidade, mas nas ladeiras de Olinda foi minha primeira vez. Aí fiquei foi pensando: - Moça, o carnaval virou terreno fértil para espalhar intolerância.
É gente fantasiada de nega maluca, de mendigo, de gay. Que não se acaba.
Tá você que está lendo deve tá pensando: “Essa menina não descansa”.
E tem como? Quem defende os direitos não tira folga. E acho é muito ruim a galera que entra nesse bloco da intolerância visse.
Mas teve bloco e escolas de samba que deram show num carnaval de alegria e também com protestos. Eu mesmo fui pular assim como na foto
Mas por hoje vou ficar nas coisas que me tiraram do serio no carnaval. Lendo uma musicas e vendo uns sites também, fui analisando algumas marchinhas como esse que citei aí em cima vê só:
1° - O TEU CABELO NÃO NEGA -
“O teu cabelo não nega mulata / porque és mulata na cor / mas, como a cor não pega, mulata / mulata, eu quero o teu amor”
Essa marchinha é uma das mais preconceituosas e polêmicas. No início, a negritude é tratada como doença contagiosa. E depois no restante da letra, a mulata é exaltada feito deusa, uma criatura de outro mundo.
Taca-lhe o play
https://www.youtube.com/watch?v=cAbktJKwGvQ
2° - CABELEIRA DO ZEZÉ -
“Olha a cabeleira do Zezé / será que ele é? / será que ele é? / será que ele é bossa nova? / será que ele é Maomé? / parece que é transviado / mas isso eu não sei se ele é / corta o cabelo dele! / corta o cabelo dele! ”
Nota-se que havia um claro preconceito aos homossexuais e aos homens cabeludos que, em tese, seriam adeptos à sodomia. O velho defeito humano de julgar pelas aparências. E os gays carecas: como é que eles ficavam? Ah, era dos carecas que elas gostavam mais? Entendi.
Taca-lhe o play
https://www.youtube.com/watch?v=bFrCYsSJdSs
3° - MARIA SAPATÃO-
“Maria Sapatão, Sapatão, Sapatão / de dia é Maria, de noite é João”
Nos quatro cantos do mundo, a homossexualidade sempre foi motivo de piada, dano ou morte. Houve uma época que a Organização Mundial da Saúde considerava a prática sexual como doença. Tinha até número no CID (Classificação Internacional de Doenças), e não era 24.
Taca-lhe o play
https://www.youtube.com/watch?v=2-nE7ZJgkXM
Tem um amigo de uma amiga no face (Edson Axé João da Silva) que compartilhou uma parada massa chamada:
BLACK FACE É A RIDICULARIZAÇÃO E OPRESSÃO A MULHER NEGRA.
3° - MARIA SAPATÃO-
“Maria Sapatão, Sapatão, Sapatão / de dia é Maria, de noite é João”
Nos quatro cantos do mundo, a homossexualidade sempre foi motivo de piada, dano ou morte. Houve uma época que a Organização Mundial da Saúde considerava a prática sexual como doença. Tinha até número no CID (Classificação Internacional de Doenças), e não era 24.
Taca-lhe o play
https://www.youtube.com/watch?v=2-nE7ZJgkXM
Tem um amigo de uma amiga no face (Edson Axé João da Silva) que compartilhou uma parada massa chamada:
BLACK FACE É A RIDICULARIZAÇÃO E OPRESSÃO A MULHER NEGRA.
Clica aí e vê lá o movimento: veja aqui
Agente sabe que ainda em alguns lugares vai rolar a ressaca de carnaval. E aí minha gente, é bom agente já saber com que fantasia e o que cantar. Não quero jogar areia na alegria alheia, mas é sempre bom agente se ligar nas letras e nas historias das fantasias.
Um beijo pra quem é DJ um Beijo pra quem é daqui. Um beijo, um beijo no seu preconceito!
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