quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Conecte-se ao que se importa.



De quando em quando aparecem alertas sobre o uso abusivo e excessivo de aparelhos tecnológicos, internet e as redes sociais. E as vezes, nós mesmo nos perguntamos qual é o limite de acesso a esses aparelhos. Ao mesmo tempo que os aplicativos e o acesso as informações que circulam pela internet nos ajudam, também pode prejudicar muito alguns aspectos de nossas vidas, seja no trabalho, na família ou nos estudos. 

Se o excesso de uso é prejudicial à qualquer pessoa, para crianças e adolescentes os efeitos podem ser ainda mais tóxicos. Atualmente as crianças e os adolescentes vivem em dois mundos: aquele que todos conhecemos, o mundo real, e o mundo virtual. O segundo parece muito mais interessante e
surpreendente, oferecendo aventuras e oportunidades à busca pela autonomia, mas também, perigo e riscos.

O mundo da internet e a velocidade da comunicação se tornaram o "lugar vivo de verdade" onde todos se encontram, aprendem, jogam, brincam, brigam, trocam fotos, ganham dinheiro, começam e
terminam amizades e namoros, e sendo esse o lugar tão” vivo”, exerce uma grande influência ao desenvolvimento. Ao ponto de sofrermos violência graves que prejudicam e muito sua saúde física e psíquica, e é preciso atenção dos pais e responsáveis para os limites e cuidados na hora de usar as tecnologias.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet (CGI) e pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação em 2015 com crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos, mostrou que: 

1- 80% são usuárias da Internet sendo que para 83% delas o celular é o principal dispositivo usado na conexão.
2 - 37% viram alguém sendo discriminado na Internet nos últimos 12 meses, ou seja, foram expostos à discurso de ódio e intolerância e volência.
3 - 20% sofreram cyberbulying
4 - 21% já deixaram de dormir por causa da Internet
5- 39% fizeram contato com pessoas desconhecidas, sendo que 21% passaram informações pessoais à desconhecidos.
6 - Em 11% das famílias os pais não sabiam o que os filhos faziam na Internet e em 44% sabiam mais ou menos.


Exemplo de casa

Antes mesmo de proibir ou limitar o uso de tecnologias às crianças, é preciso que os pais façam uma
autocrítica e sirvam também como exemplo dentro de casa. Os pais estão muito conectados e isso é como um risco para a família inteira. Os pais dizem, por exemplo, que não é para a criança usar na mesa, mas os pais acabam usando. É preciso perceber que as crianças fazem o que veem e não o que falamos.

Preocupadas com essa realidade, a Sociedade Brasileira de Pediatria lançou um Manual de Orientações sobre a Saúde da Criança e Adolescente na Era Digital com algumas recomendações que
podem ser acessados no link (veja guia aqui), assim como uma campanha “Conecte-se ao que Importa” produzida no ano passado pelo Projeto Dedica (Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes) e conduzido pela Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas – de Curitiba. A campanha que voltou a ganhar espaço e a circular pelas redes sociais e pelos grupos do WhatsApp nesse ano, aposta em imagens com frase que levam a refletir sobre o uso abusivo e excessivo do uso de aparelhos eletrônicos e das redes sociais tanto pelas crianças e adolescentes como pelos seus responsáveis. A campanha baseia-se em 3 etapas que envolvem a violência contra a criança:

1- O abandono dos pais em relação aos seus filhos por conta do uso indiscriminado da internet
2- As consequências dos abusos no uso da tecnologia
3 – Os perigos aos quais a internet expõe crianças e adolescentes.

São situações que afetam muito além do que possamos enxergar e como nós acreditamos da campanha Ana acreditamos no auto cuidado e na autoproteção queremos reverberar essa imagens como forma de alertamos para essas e outras situações que violam os direitos de meninas e meninos como a convivência familiar e comunitária.

Imagens da Campanha "Conecte-se ao que se importar"














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