Um levantamento on
line com 1.016 estudantes brasileiros que têm entre 13
e 21 sobre o Ambiente Educacional no Brasil em 2016, mostra a dimensão das “experiências de
adolescentes, jovens lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais” em
escolas do País.
A maioria desses/as estudantes LGBT frequentou
o ensino médio em 2015. E revelou que o ambiente escolar não e nada seguro para
aqueles que não estão na lógica
heteronormativa.
É possível perceber pelos gráficos abaixo das resposta o quão
inseguro se sente elas e eles no
ambiente escolar em relação a sua orientação sexual. Essa pesquisa vem confirma o que outros estudos publicados nos últimos
dez a quinze anos vêm demonstrando e confirmando cada vez mais o quão a
LGBTfobia (medo ou ódio irracionalmente às pessoas LGBT) no contexto da
sociedade brasileira, estas produzindo as mesmas lógicas nas instituições
educacionais.
fonte: imagem da pesquisa |
fonte: imagem da pesquisa |
A amostra final foi composta por estudantes oriundos/as de todos os estados
brasileiros e o Distrito Federal, com a exceção do estado do Tocantins. Quase a
metade se identificou como sendo do gênero feminino (46,9%), a maioria se
identificou como sendo gay ou lésbica (70,7%) e os/as demais respondentes se
identificaram como bissexuais ou como tendo outra orientação sexual que não a
heterossexual.
É possível ler a pesquisa de dois modos: pelas estatísticas
ou pelas histórias por trás delas. Os dois causam espanto e preocupação.
Ao longo das mais de 80 páginas do estudo, alguns
depoimentos ligam os dados a sentimentos. “Não gosto mais de ir pra escola
porque é lá que tenho minhas piores lembranças. Ano passado me zuaram só porque
eu gostava de uma professora. Eles me chamavam de sapatão, me xingavam e eu me
sentia infeliz”, escreve uma estudante lésbica de 14 anos, do Ceará. Tento
desmentir minha sexualidade porque se já sofro bullying sem assumir, imagina se
assumisse. Minha mãe tenta me fazer ir pra escola, mas não adianta. Penso em
até suicídio, mas ela tenta me dar forças... Meu conceito sobre a vida é que
ela não tem valor quando você é alvo de bullying, a infelicidade é sua vida”,
une.
No cenário das respostas 73 do total de estudantes LGBT
disseram ter sido agredidos verbalmente por causa de sua orientação sexual; 27% contam ter sofrido agressão física por causa de sua
orientação sexual; 36% avaliaram como “ineficaz” a resposta dos profissionais
da escola para impedir as agressões e 39%revelaram que nenhum familiar procurou
a escola para falar sobre a violência sofrida.
A íntegra do estudo pode ser acessada pelo endereço
eletrônico: http://www.abglt.org.br/docs/IAE-Brasil.pdf
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