Hoje dia 29 de janeiro é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans, data criada em 2004 pelo
Ministério da Saúde após a divulgação da campanha “Travesti e Respeito”, em reconhecimento à dignidade dessa população. Mas será que pensamos cotidianamente nessa população? Fica como provocação.Falar sobre inclusão social de pessoas trans requer mais do que boas ideias, é necessário mudar a forma como educamos a nós mesmos sobre o assunto.
Existem grandes problemas relatados pelas pessoas trans é, justamente, sobre como são identificadas pela sociedade. Pessoas que se referem a travestis femininas no masculino, por exemplo, é uma das maneiras mais comuns de não respeitar o gênero alheio.
Sem contar a questão de uso do banheiros em espaços públicos e privados, a escolarização também é outro problema, assim como a inserção no mercado de trabalho. E quando falamos sobre a violência contra as pessoas trans no Brasil, no ano de 2017, foram 185 casos registrados assassinadxs travestis, homens e mulheres trans. Segundo o relatório do observatório da violência realizado pelo Instituto Brasileiro Trans de Educação.
Por isso efetiva à dignidade dessa população e o seu reconhecimento, são desafios. Desafios esses que devem ser lembrados cotidianamente pelas pessoas e instituições brasileiras.
Afinal, o que é ser “Trans”?
Essa é uma pergunta bastante recorrente, por que estamos costumados com a classificação de tudo, né mesmo?Nesse sentido, antes de falarmos sobre pessoas trans, precisamos aceitar o fato de que o nosso corpo não é um limite para a nossa personalidade, e que o nosso órgão sexual faz parte de uma estrutura física, não psicológica.
Todos nascemos com características que não controlamos: a cor do nosso cabelo, da nossa pele e até a nossa estrutura física. Mas estas informações biológicas não podem nos limitar ou nos definir. Temos gostos, desejos, qualidades positivas e as vezes consideradas “ruins” que são também fatores que podem nos ajudar a construir quem somos.
Se pelo desenho ficou difícil de entender, abaixo temos um videozinho bem didático pela Lorelay Fox do canal Para Tudo é só da o play!
Curtiu o vídeo? Peraí que tem mais assunto....
Para contribuir mais com o dia 29 de janeiro selecionamos três vivencias que talvez não ouviram falar. E apostamos nessas histórias de luta e de vida pois é disso que se faz a caminhada na conquista de direitos.
#1 No início do ano passado, conversamos com Maria Clara de Sena: Mulher trans, negra de cabelo afro, pernambucana, com seus 1,92 de altura e no auge dos seu 37 anos de vida. Ela que ao longo de sua trajetória de luta pelos direitos humanos e do grupo LGBT, se deparou, com situações que mexiam diretamente com sua condição enquanto mulher trans. Tem hoje, sua rotina dividida entre reuniões e visitas a unidades prisionais de Pernambuco, a fim de combater maus-tratos e torturas a qualquer pessoa que esteja em situação de privação de liberdade. Se tornou a primeira transexual do mundo a assumir um cargo em um Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura, órgão que atua em parceria com a ONU. Confirma abaixo nossa conversa com ela Acesse a Entrevista
#2 Também postamos aqui no blog sobre a existência das crianças trans. Pois muitos de nós achamos que os conflitos sobre quem somos se constitui na a adolescência. Na matéria uma questão ficou bem constatada: As crianças trans não são confusas, rebeldes nem estão simplesmente fingindo ser o que não são. Crianças trans existem, e a identidade que cultivam está bastante arraigada nelas Acesse aqui
#3 Para entendê-la melhor, as dificuldades em torno das pessoas trans, esse último link conta a histórias de 10 crianças transexuais dos Estados Unidos, Canadá e Argentina, que sabem o que são e não tem medo de lutar por isso e que vão te emocionar. Acesse aqui
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